sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Crítica: Behind The Door


Crítica por: :Conrs
Esta crítica pode conter spoilers; recomendamos ver o filme antes de ler a crítica.

Há pouco tempo atrás, lançava-se  O Diário de Um Tal de Teddy que dava iníco a carreira de :Lukh no cinema habbiano pela Art Movies. Um filme de comédia que no tempo foi bem aceito, evoluíu para um novo patamar nessa vez na Folha de Pixel. Lukh resolve lançar mais uma produção, desta vez fazendo uma troca brusca de gênero, passando de comédia para terror/suspense. Mas será que esta foi uma boa troca?

Que o diretor tem capacidade e amadurecimento o suficiente para ser um membro da Folha de Pixel, isto é indiscutível. Levando em conta as demais produções da FP, esperava-se muito da primeira produção do ano da tão aclamada produtora. Eis então que Lukh lança Behind The Door. Muitos críticos costumam comparar os filmes de terror no Habbo com os filmes de Apegavel, que já se tornaram clássicos. Desde então, ninguém conseguiu superar o mesmo, lançando uma coisa boa o suficiente para "destronar" Apegavel.

Começando com a parte visual e técnica, o filme apresenta pixel arts belíssimos o que é um fato indiscutível. Também apresenta bons cenários e visuais, o que deixa sempre as coisas mais bonitas. Uma coisa que me incomodou, foi as legendas. Aquele tipo de legenda que a borda fica muito grossa e o preto fica meio desfocado é bem feinho, mas mesmo assim as legendas contam com um bom português. Alguns erros básicos claro, porque ninguém é de ferro, mas nada que atrapalhe tanto assim. Em alguns momentos o chroma não foi tão bendo aplicado, dando pra percebe-lô facilmente. Não são em todas as cenas que acontecem, mas quando acontecem, são bem feinhos de ver.

O filme conta com uma trilha sonora bem dinâmica e boa, que concordam com o tema sugerido da trama. Quanto a parte de roteiro, temos alguns erros. Começando pelos personagens, temos somente os personagens que servem para alguma coisa ou que tem alguma importância na trama. Os personagens são descritos bem superficialmente, e somente as características que vão levar a algum ponto da história são apresentadas. As falas, cá entre nós, estão um pouco forçadas, digamos assim. No filme, tudo acontece muito rápido, como se tudo tivesse o objetivo de levar a somente uma coisa: a porta do hotel. Tudo no filme acontece de modo a levar aquilo. Tudo acontece muito rápido. Na minha opnião, estava muito cedo pra apresentar já o mistério da porta, porque se tivesse deixado o mistério a solta, isso faria as pessoas ficarem ansiosas para a próxima parte. Muitas coisas podiam ser desenvolvidas a respeito do mistério. Se o diretor tivesse mais calma, poderiamos conhecer muito melhor os personagens e assim teriamos um desenvolvimento melhor da história.

Podemos dizer que a história puxa mais pra suspense. O diretor não segue o exemplo de Apegavel, que seria que quando você menos espera aparece uma coisa horrenda gritando no meio da tela. Somente temos uma tensão, um mistério. Nada muito assustador, o que até podemos deixar passar, porque fazer uma coisa medonha é muito difícil. Uma boa dica, é pegar umas aulas com Apegavel, para nos passar alguns sustos. Ai sim poderiamos descrever como um bom e velho filme de terror. Rsrs.

Como já disse anteriormente, fazer terror no Habbo é bem difícil, e Lukh tem muito a aprender ainda. Agora é só esperar para ver o que nos aguarda na continuação da história, se o diretor vai conseguir ter mais calma e trabalhar melhor o roteiro, não só fazer uma coisa rápida e súbita somente para levar a um ponto que é o foco central da trama. É um bom começo para Lukh, até porque o diretor é iniciante, mas o diretor pode melhorar, e muito.

NOTA FINAL: 
Bom


4 comentários:

  1. Bem... Antes de tudo eu gostaria de agradecer ao Cine News e ao :Conrs por gastar seu tempo para poder escrever a crítica. Mas existem alguns pontos que batem de frente com o que eu acho, não somente por ser o diretor do filme. Primeiramente, acho que não deveria haver comparação entre diretores, cada diretor é único no que faz, e cada diretor defende um ponto de vista diferente em questão de dirigir e editar seus vídeos, portanto, cabe a crítica falar da obra do diretor que a fez, e não de outros.
    Em segundo lugar, sobre a história e os personagens: Nem sempre todos os personagens serão totalmente explorados em um filme, pelo menos não em um filme que possui continuação, e acho que neste ponto :Conrs falhou na crítica, pois parece que foi levado em consideração que o filme não possui continuação. Por opção do diretor, se já foi revelado o “mistério central”, ou pelo menos o que podem achar, o que atrás da porta?, é por que ainda mais estar por vir, por que senão houvesse mais história o filme não teria mais duas partes. Portanto, ao invés de somente apontar: "Os personagens não foram explorados", tente encontrar a questão lógica e perceber que nem sempre tudo acontece na "introdução" de uma trilogia, inclusive a apresentação melhor dos personagens, por que "ca entre nós", o mistério faz parte do gênero de suspense.

    :Lukh

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  2. Primeiro: a comparação entre os dois diretores foi feita para dizer o que seria o terror. O terror que eu conheço, é aquele que aparece um bicho te passando susto, o que Apegavel faz bem. Mas, é só um ponto que acho que você devia ter usado, usado mais sustos e menos suspense.
    Segundo: Os personagens. Não temos praticamente apresentação nenhuma. Só os vemos assim: nome e função. Por exemplo, a mãe só serviu pra fazer o filho fugir de casa, e assim por diante. Não conhecemos mais nenhuma característica, não sabemos de nada dos personagens.
    Terceiro: Ainda estava cedo de mais para jogar já o início do mistério, que podia ser bem mais trabalhado. Porque, tudo acontece de modo para levar a o último acontecimento, que é eles irem para o hotel. Tudo foi muito derrepente de mais. Muita história ainda poderia ser desenvolvida.
    Quarto: você cometeu o mesmo erro que eu cometi em Pain, que kiko disse muito bem na crítica. Temos de pensar na parte em si do filme, não na continuação. Porque não estamos fazendo a crítica da saga por inteira, mas sim da parte. Então, pouco interessa se isso vai ser deixado pra depois ou só porque é a primeira parte. Independente de qual seja, é bom que seja bem trabalhado e que o diretor tenha em mente que estamos criticando somente a parte lançada, não todo o filme.

    Abraços,

    Conrs.

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  3. Bem Conrs, que eu saiba o terror não possui modelos fixos. Se fosse assim todas as obras teriam a mesma história, mesmos personagens, mesmo tudo. A obra possui sim, mais suspense do que terror, de fato, mas ao analisarmos bem, cada filme deve ser visto como uma obra diferente das outras.
    Sobre os personagens e a história, o que tenho para lhe dizer é que o único que tem o roteiro do 2 filme é apenas eu. Acho que você vai ter que esperar um pouco para poder entender. O filme foi feito sim, como se fosse único, mas a HISTÓRIA é que possui a continuação, mas já pensou se eu tivesse guardado o segredo? O filme não teria nada, por que sem personagens apresentados como você disse, sem terror, como você disse, o filme seria apenas o título, portanto aquilo que foi dito a você sobre Pain fica guardado na sua crítica. Pain é diferente de Behind the Door, então pode-se concluir que o filme poderia ficar sem continuação pois é independente, mas para a alegria de todos ainda possui duas partes.

    Atenciosamente,
    :Lukh

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  4. Isso não é motivo para descrever os personagens superficialmente. Porque se tivessemos suas caracteristicas, isto podia até chegar a um conflito futuro na história. Como eu digo, na crítica não interessa a continuação, interessa a parte que foi lançada. Não nos interessa a continuação, interessa o que temos no momento.

    Abraços,

    :Conrs

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